O que fazem as startups parceiras do iFood

O que a ADA, os drones e a moto elétrica têm em comum? Todas são frutos de parceria entre o iFood e startups. Saiba mais sobre como a foodtech pratica a inovação aberta

Da simpática ADA à moto elétrica: saiba como a foodtech fomenta o ecossistema de inovação investindo em empresas que resolvam as dores do setor de delivery

Para colocar em prática a inovação aberta e descobrir novas soluções para o mercado de delivery, o iFood se abre para a colaboração com startups em seu hub de inovação, o iFood Labs. É lá que a foodtech se conecta ao ecossistema de inovação para testar, codesenvolver e investir em soluções que alavanquem quatro pilares do negócio da empresa: alimentação, logística, retail (canais de venda) e marketing digital. 

Antes de completar seu primeiro ano de vida, o iFood Labs já promoveu mais de 450 conexões de startups com investidores, hubs, aceleradoras e universidades com 48 testes realizados e 30 negócios gerados. 

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Como funciona essa dinâmica? “Ou a gente busca uma startup para testar algo sem ainda estar conectado a um time core do iFood, ou esse time levanta a mão para a gente pedindo auxílio para encontrar uma startup que ajude a resolver uma dor”, diz Larissa Gatti, coordenadora sênior de Open Innovation do iFood.

No iFood Labs, startups de todo o país podem se inscrever em pitches para serem avaliadas e obter investimentos para seus projetos. Todo mês, um Pitch Day é realizado para que novas startups apresentem seus projetos para a alta direção da empresa. Projetos esses que podem ser acelerados, adquiridos ou direcionado para outros hubs, aceleradoras e universidades parceiras. 

Conheça, a seguir, três exemplos de startups que receberam investimento do iFood para melhorar a sua operação no setor de delivery.

Synkar e ADA

A conexão entre a Synkar —startup brasileira focada em robótica, inteligência artificial e veículos autônomos— e o iFood começou em 2019, antes mesmo da criação do iFood Labs. Surgiu porque a foodtech queria otimizar a logística dos hubs de entrega que ficam dentro de shoppings.

Foi daí que surgiu a ADA, a robô inteligente que pode fazer a primeira milha da entrega em shoppings em um tempo relativamente menor. Segundo Lucas Assis, CTO e co-fundador da Synkar, os testes feitos em um shopping em Ribeirão Preto (SP) conseguiram uma redução de 40% no tempo que o pedido levava para sair do restaurante e chegar até as mãos dos entregadores. “Essa é uma parceria de sucesso porque estamos encontrando diferentes situações de uso para a ADA”, afirma Gatti.

Uma dessas situações é o uso da ADA na última milha, ou seja, quando o entregador chega ao destino para finalizar a entrega. Nessa situação, o parceiro do iFood chegaria até a portaria de um condomínio e lá colocaria o pedido dentro da robô, que seguiria sozinha até o destino. Os testes desse tipo de uso são realizados em um condomínio de casas em Ribeirão Preto.

Speedbird Aero e os drones

O iFood só conseguiu se tornar a primeira empresa das Américas a ter permissão para usar drones no delivery graças à conexão entre a empresa e o ecossistema de inovação. Neste caso específico, com a Speedbird Aero, empresa brasileira que constrói aeronaves não tripuladas (o nome técnico dos drones),  

A parceria nasceu com um propósito de Pesquisa e Desenvolvimento para testar o uso de drones para fazer entregas, um modal que em 2019 despontava como possível tendência para o setor. A primeira leva de testes foi feita em Campinas (SP), numa rota autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas foi a segunda rodada que levou a solução a um outro nível.


Em Aracaju (SE), iFood e Speedbird conseguiram destravar uma demanda não atendida pelo iFood em restaurantes de um shopping local, que não conseguia atender a uma determinada região pelo jeito tradicional —tanto pela distância (mais de 9km) como pelo tempo que o pedido levava até chegar ao destino. O drone chegou para resolver esse problema.

“Temos um droneport no shopping e outro em um condomínio, que são separados por um rio. O drone leva a encomenda até o segundo ponto e lá o entregador faz a última milha. O que antes levava até 50 minutos passou a ser feito em 15”, comemora Gatti.

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Voltz e a EVS Work

É em parceria com a Voltz, startup brasileira que desenvolve motos e triciclos elétricos, que o iFood irá oferecer para seus entregadores parceiros a EVS Work, a moto elétrica que busca reduzir custos com combustível e manutenção e zerar a emissão de CO2 nos centros urbanos.

A moto elétrica que é fruto dessa parceria é toda controlada por aplicativo e pode ser recarregada em qualquer tomada (até nas de casa), mas isso não quer dizer que os parceiros do iFood terão esse gasto extra. Eles poderão trocar as baterias em alguns postos de abastecimento.

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