NOTA | iFood e Flow: não ao racismo, sim ao diálogo

Não existe mais relação comercial entre iFood e Flow; mas nota mostra a importância do diálogo, apesar das divergências

iFood e Flow: não ao racismo, sim ao diálogo
Não existe mais relação comercial entre as empresas; mas nota mostra a importância do diálogo, apesar das divergências

Nos últimos dias, nós – iFood, o podcast Flow e o podcaster Monark, que assinamos esta nota em conjunto – fomos protagonistas de um acontecimento que tendia a nos tragar para a realidade tóxica da intolerância que, infelizmente, tem se incorporado ao nosso cotidiano.

No dia 29 de outubro, um post de Monark no Twitter gerou polêmica ao levantar um debate sobre os limites da liberdade de expressão que permitia uma infeliz interpretação sobre o racismo.

Tanto para o iFood, quanto para o Flow, atos preconceituosos são inaceitáveis. Racismo é crime. A liberdade de expressão jamais deverá ultrapassar os limites da lei.

Os questionamentos filosóficos sobre tais limites são legítimos e devem existir. Afinal, em qualquer sociedade, existe uma pluralidade de indivíduos traçando, com base em suas experiências, visões únicas de mundo. Definir e respeitar limites comuns é o que vai nos permitir evoluir e conviver em harmonia.

Ambas companhias defendem, na construção de uma sociedade mais justa e menos desigual, o poder e a importância do diálogo. Concordamos que a comunicação de ambos os lados falharam nesse objetivo.

As partes, no entanto, não se furtaram de manter esse diálogo. A empresa identificou que poderia ter sido mais clara em sua comunicação; Monark, por sua vez, afirmou categoricamente que não apoia o racismo, tampouco qualquer tipo de discriminação com base em sua aparência, crença ou sua própria visão como individuo.

iFood e Flow manterão a interação, apesar da decisão definitiva sobre o fim do patrocínio. Acreditamos que é assim que ambas as empresas podem aprender mutuamente com suas experiências.

Ao assinar esta nota em conjunto, iFood e Flow sinalizam ao Brasil: Precisamos de diálogo. Precisamos escutar o outro lado, aprender com ele, buscar andar juntos como nação que aprende e se torna melhor com as diferenças. A cultura de cancelamento e polarização das redes sociais pode dar lugar a escutar com respeito, dialogar, e avançar em pautas como a anti-racista. Acreditamos que com mais diálogo vamos todos avançar mais rápido para uma sociedade mais igual e cheia de oportunidades.

Deixamos, por fim, uma referência ao Artigo 1o da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, escrita em 1948: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Seguiremos trabalhando em prol da diminuição das desigualdades e sempre a favor da pluralidade, do diálogo e da transparência.

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