O Brasil está avançando na qualificação de profissionais para trabalhar com tecnologia e combater o risco de um apagão tecnológico, aponta o Global Skills Report 2022, pesquisa realizada pela Coursera com mais de 100 milhões de pessoas que usaram a plataforma para aprender novas habilidades em tecnologia, negócios ou ciência de dados.
Esse estudo mostra que o percentual de brasileiros que disseram ter proficiência em habilidades do mundo digital saltou de 48% para 72% entre o relatório de 2021 e o de 2022. O setor de tecnologia é onde o Brasil está mais bem ranqueado na pesquisa: fica em 29o lugar entre 102 países, subindo 24 posições em relação à pesquisa anterior.
Com isso, o país é considerado competitivo no que se refere à qualificação de profissionais para atuar nesse mercado, o que significa estar no mesmo grupo de países que Coreia, Espanha e Israel. Já no ranking geral (incluindo aprendizado em negócios e ciência de dados), o Brasil está em 53o lugar e subiu 17 posições em relação ao relatório de 2021.
“É uma notícia positiva, que mostra o interesse dos brasileiros por se capacitar. O relatório traz a confirmação de um caminho no qual o iFood vem investindo, que é a formação e a capacitação em tecnologia, especialmente de pessoas de perfis sub-representados na área”, comenta Luanna Luna, gerente de educação do iFood. “Não tem como combater o apagão tecnológico, nem como o Brasil se tornar um país mais próspero sem investir na capacitação em tecnologia.”
Segundo a Coursera, as áreas em que brasileiros e brasileiras mais demonstram ter proficiência em tecnologia são:
- Computação em nuvem (99%)
- Desenvolvimento web (78%)
- Engenharia de software (64%)
- Redes de computadores (63%)
- Banco de dados (55%)
- Desenvolvimento mobile (48%)
Tecnologia contra mudanças climáticas
Em 2021, mais de 4,1 milhões de brasileiros utilizaram o Coursera para aprender sobre tecnologia, negócios e ciência de dados. Essas pessoas têm, em média, 33 anos; 47% são mulheres e 47% fazem as aulas em dispositivos móveis. É um perfil semelhante ao da América Latina: 50% são mulheres, a idade média é de 32 anos e 47% fazem o curso em celulares ou tablets.
Segundo o relatório, investir em tecnologia é uma saída para o Brasil, grande exportador de produtos agrícolas, diversificar sua economia e reduzir os danos que o aquecimento global pode trazer ao setor (como reduzir o Produto Interno Bruto entre 0,4% e 1,8% até o final deste século).
“Na medida em que a economia brasileira enfrenta ventos contrários de inflação, seca, e interrupções na cadeia de suprimentos, a inovação tecnológica tem o potencial para propagar a prosperidade se as empresas brasileiras conseguirem se adaptar”, aponta o documento.
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