Um “salve”: entregadores dão dicas de segurança no trânsito

De moto ou de bicicleta, eles alertam para necessidades como dar seta para indicar manobras e não usar celular dirigindo

“O que a gente pede no trânsito é respeito”. A frase do entregador Adriano Iameu, de São Paulo, resume bem o propósito da campanha do iFood neste Maio Amarelo, maior movimento global a favor da causa da segurança viária.

O mote adotado pelo iFood neste ano é “Salve, entregadores. Máximo respeito a quem faz entregas”. Por isso, ninguém melhor do que os próprios entregadores para explicar, a partir dos seus pontos de vista, quais são as ações que consideram respeitosas por parte dos demais usuários das vias.

O Adriano mesmo tem história pra contar em relação ao tema – e traz, no caso, um exemplo de algo que não deve ser feito no trânsito.

O episódio aconteceu antes de ele se tornar entregador parceiro do iFood, função que ele desempenha já há cinco anos. Antes disso, transportava documentos para um cartório.

Foi naquela época que sofreu uma queda ao ser fechado por um carro. “O motorista falou que não tinha prestado atenção na moto vindo”, conta Adriano.

Mais seta e menos celular

Atenção redobrada com o que se passa ao redor e atitudes simples já ajudam a tornar o trânsito mais seguro.

Para Adriano, um desses hábitos positivos é usar a seta.  “Ela é uma antecipação ao movimento, um alerta”, define. “E para o próximo, não para você mesmo. Não adianta acionar a menos de 1 metro da manobra, é preciso sinalizar 2 ou 3 metros antes.”

Quem faz delivery de bike concorda, e muito, com essa observação. É o caso do David Anastácia, de 40 anos, que pedala para fazer entregas na capital paulista desde 2018.

Ele aponta a ausência da seta como um dos grandes causadores de acidentes no trânsito, junto com o uso do celular ao dirigir.

Também chama a atenção para outro comportamento de risco: o dos carros que invadem as ciclovias para dar passagem às motos que transitam entre eles.

Isso em geral acontece, segundo David, em avenidas de fluxo intenso em que muitos modais diferentes, incluindo os ônibus, disputam espaços. O entregador cita as avenidas Rebouças e Roberto Marinho, em São Paulo, como exemplos desse tipo de via.

Diante dos perigos, bikes e motos muitas vezes lançam mão de alguns improvisos como forma de proteção, uma vez que estão entre os elos mais frágeis da malha viária – os pedestres também se incluem nessa lista de mais vulneráveis.

“Quando a gente passa de moto buzinando, não é para apressar algum motorista ou querendo que ele saia da frente, nem para arrumar qualquer confusão no trânsito”, explica Adriano Iameu. “Estamos apenas alertando sobre a nossa presença como uma estratégia de precaução.”

Confira, a seguir, algumas dicas pontuais dos entregadores parceiros do iFood para aumentar a segurança no trânsito.

  • Dê seta com antecedência, para que outros veículos tenham tempo de planejar suas manobras;
  • Não mude de faixa no trânsito sem dar seta e checar o retrovisor;
  • Evite usar o celular enquanto dirige;
  • Cuidado dobrado quando avançar no sinal amarelo, pois muitas vezes seu tempo é insuficiente para completar a travessia;
  • Entenda que em geral o motociclista buzina não para irritar outros motoristas, mas para alertar sobre a sua passagem e evitar colisões.
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