Você talvez nem perceba, mas tem muita inteligência artificial por trás de um simples pedido no iFood. “Usamos a inteligência artificial para oferecer um serviço personalizado, pensado para cada um, e que ao mesmo tempo seja mais eficiente em grande escala”, explica Thiago Cardoso, diretor de Dados e IA do iFood – que tem 55 milhões de clientes.
Hoje, o iFood usa mais de 190 modelos de IA, dos quais 40 trabalham durante um único pedido no app. Alguns entram em ação antes de os consumidores escolherem o que vão colocar na cesta.
Analisando os dados de consumo de cada cliente, a IA define, por exemplo, as notificações que cada um recebe com novidades, além de dar sugestões de restaurantes que combinam com seu gosto. “Não faz sentido mostrar pratos de carne para quem é vegetariano. O app mostra os restaurantes adequados para cada pessoa, onde ela está”, diz Cardoso.
Os modelos aprendem, por exemplo, que tipo de restaurante o cliente prefere, se gosta mais de lanches em conta ou de refeições sofisticadas. Com base nesses dados, a IA prioriza resultados que tenham a ver com o estilo de cada um.
Já durante o pedido, a IA melhora a experiência, por exemplo, ao sugerir substituições para um item que não tem no mercado antes do cliente fechar a compra. E também são os algoritmos que calculam o tempo de preparo de um prato e acionam o entregador no momento certo, para que ele não chegue antes da hora ou tenha que esperar demais no restaurante.
E, se alguma coisa der errado, a IA continua ajudando. O atendimento automatizado é guiado por um agente inteligente, que consegue entender qual é o problema relatado e como resolver cada questão.
Aprendizado de máquina
Por trás de tudo isso está o aprendizado de máquina, um tipo de IA que usa dados para tomar melhores decisões. “O aprendizado de máquina usa a experiência prévia, aprende os padrões nos dados e compara com as informações novas para tomar uma decisão a partir disso”, explica Cardoso.
Um exemplo é o modelo antifraude. O iFood fornece informações sobre transações fraudulentas para o algoritmo aprender o que as diferencia das compras normais, entender padrões de comportamento e, assim, tomar uma decisão mais acertada.
O mesmo raciocínio vale para a personalização das ofertas. “A IA aprende quais pratos o usuário prefere pedir. Essa informação, então, vai impactar o que essa pessoa vai ver da próxima vez que abrir o app”, diz Cardoso.
E a IA segue aprendendo. O iFood agora está desenvolvendo novas soluções com IA generativa. “Queremos usar IA generativa para trazer uma forma mais conversacional para pedir comida e para tirar dúvidas de restaurantes, por exemplo”, conta o diretor de Dados e IA.
A IA NO APP DO IFOOD
