Embraer começa a testar seu carro elétrico que voa

Os eVTOL vão levar passageiros pelos céus das cidades sem emitir gases poluentes

Carros que voam deixaram de ser enredo de desenho animado ou filme de ficção científica. A Eve, uma  subsidiária da Embraer, começa a testar em setembro seus eVTOLs  (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical) como uma solução sustentável de mobilidade urbana aérea que deve chegar ao mercado em 2026.

Esses estilosos “carros voadores” farão voos de teste na cidade de Chicago (Estados Unidos) durante três semanas, e quem quiser participar terá de desembolsar US$ 150 para dar uma voltinha no novo modelo.

O desenho do eVTOL da Eve lembra o de um helicóptero. Mas sua proposta é bem diferente, uma vez que ele chega para ser uma alternativa de mobilidade rápida menos custosa e menos poluente que o helicóptero. A ideia é que o veículo seja usado para vencer rapidamente longas distâncias em cidades congestionadas.

A expectativa da Eve e de outras empresas que estão investindo em mobilidade aérea urbana é que as pessoas usem o eVTOL para trajetos urbanos por um valor que seja no máximo o dobro do que seria pago em um táxi ou carro de aplicativo.

A vantagem é  que, além de não emitir CO2, essas aeronaves são mais silenciosas do que os helicópteros. Seu motor elétrico emite cerca de 45 decibéis, segundo a Super Interessante, quase o mesmo que o som do chuvisco. Já o ruído de um helicóptero se aproxima dos 100 decibéis, o mesmo nível de uma motosserra.

Como o eVTOL funciona?

A diferença do eVTOL para o carro elétrico é que ele tem oito rotores fixados ao redor da asa para poder decolar e pousar na posição vertical. Por isso, não é qualquer motorista que pode dirigi-lo:  é preciso ter um brevê de piloto. O eVTOL é movido a eletricidade, por isso é um modal não poluente (o helicóptero tem motor a combustão de querosene).

A autonomia da bateria do modelo da Eve é de 100 km, mas existem fabricantes prometendo chegar a 250 km. O modelo que está sendo testado pela empresa vai custar em torno de US$ 3 milhões, um valor inferior ao do helicóptero, que chega à faixa dos US$ 10 milhões.

Outros modelos

Até julho de 2022, a Eve havia recebido 2.000 encomendas de seu veículo aéreo. Para comparar: em 53 anos de existência, a Embraer vendeu 8.000 aviões, aponta a Super Interessante.

Mas esse não será o único eVTOL no mercado brasileiro. A companhia aérea Gol assinou contrato para comprar 250 unidades do VA-X4, um modelo que leva até quatro passageiros, criado pela empresa britânica Vertical Aerospace. Já a Azul encomendou 220 eVTOLs da alemã Lilium, e pretende usá-los para fazer voos regionais. Cada aeronave leva seis passageiros.

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