4 mitos e verdades sobre alimentos orgânicos

A alimentação orgânica já é mais do que realidade no Brasil. Mas e o acesso a esse alimento é democrático? Essas e outras questões, você confere aqui!

Será que a alimentação orgânica é mesmo mais cara ou mais difícil de encontrar? Descubra a resposta para essas e outras questões

Quando lançou o Mapa de Feiras Orgânicas, há 10 anos, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) tinha como objetivo divulgar soluções inovadoras que chegavam para fortalecer os sistemas alimentares no país.

Hoje, a iniciativa já mapeou 870 feiras (orgânicas e agroecológicas) em todo o Brasil, passando de 262 itens registrados em 2015 para 1047 em 2021 —um crescimento de quase 300%. Segundo os últimos dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o mercado de produtos orgânicos teve um crescimento de 35% no Brasil entre 2014 e 2015.

Mesmo com a presença dos orgânicos sendo cada vez maior no dia a dia, você saberia dizer o que caracteriza um alimento orgânico? É verdade que ele é mais caro do que um convencional? Para responder a essa e a outras dúvidas, conversamos com Aziz Camali Constantino, fundador da startup social Orgânico Solidário, entidade parceira do iFood.

“O alimento orgânico vai muito além do agrotóxico –essa é apenas a associação mais comum. Quando se pensa na cadeia alimentar como um todo, ele passa por outras duas frentes importantes além do consumo humano”, explica Aziz. Ou seja: a alimentação orgânica não diz respeito somente ao “o que eu vou comer”, mas ao impacto em todo o ecossistema.

“O primeiro ponto a se levar em consideração é o solo contaminado –dependendo do impacto do produto, a terra pode se tornar improdutiva para sempre, como se virasse um deserto. A outra são as famílias e os empreendedores rurais, que plantam, que têm contato direto com esse veneno. Ao contaminar o trabalhador da lavoura, cria-se também um trauma para as gerações seguintes, que associam o cultivo à doença, afastando a mão de obra do campo. Um alimento orgânico é aquele que está em conformidade com todos esses aspectos da produção.”

Confira os mitos e verdades mais comuns sobre a alimentação orgânica:

1 – Ao consumir um alimento orgânico, estou ajudando o meio ambiente
VERDADEIRO

“Costumo dizer que o alimento orgânico não é o fim mas, sim, o meio. A grande maioria não é produzida como monocultura, e grande parte dos agricultores orgânicos são da agroecologia e da agrofloresta. São alimentos que respeitam a sazonalidade e o solo. Tudo isso protege e regenera o meio ambiente, estimula a criação de nascentes de água e resgata a biodiversidade.”

2 – O alimento orgânico é mais caro

PARCIALMENTE FALSO

“No mercado, o preço do alimento orgânico está cada vez mais próximo, em termos de valores, do do alimento convencional. Com a alta do dólar, o convencional deve ficar ainda mais caro, por conta do preço dos produtos químicos usados na produção. Na essência, o orgânico é bem mais acessível.”

3 – O alimento orgânico é mais saudável
VERDADEIRO

“O alimento orgânico, fresco, tem um valor nutricional muito acima do industrializado. Tanto que o desafio, hoje, é que a informação do orgânico já está pulverizada – porém, o acesso a esse alimento não é democrático,”

4 – É melhor doar alimentos perecíveis do que orgânicos
FALSO
“A doação de cestas básicas em situações emergenciais, como foi o caso das doações levadas pelo iFood à Bahia, são um alívio imediato e a solução mais rápida para quem mais precisa. No entanto, em longo prazo, o alimento industrializado não resolve, por exemplo, a insegurança alimentar, por ter um baixo valor nutricional. Então a cesta básica não entrega saúde, por exemplo. Hoje, a Orgânico Solidário entrega cerca de 60 toneladas por mês a famílias em situação de vulnerabilidade. O iFood, com as hortas urbanas, leva alimento fresco a zonas periféricas. É esse tipo de iniciativa que resolverá a insegurança alimentar. É preciso complementar a cesta básica brasileira.”

Como contribuir?

A Orgânico Solidário é uma das entidades parceiras beneficiadas pelas doações no app do iFood. A startup social começou a atuar durante a pandemia, há pouco mais de dois anos. Até agora, já entregou mais de 90 mil cestas de alimentos frescos (cada uma com seis quilos de frutas, legumes e verduras), ajudando mais de 80 comunidades, de forma recorrente, pelo Brasil. Hoje, é a maior cooperativa orgânica solidária do país, fazendo girar, também, a economia do pequeno produtor —são mais de 100 parceiros nesta entrega.

Para doar pelo app do iFood é simples:

❤ Na finalização do pedido:
Na tela final do pedido, você escolhe doar R$ 2, R$ 5 ou R$ 10. O total é rateado entre as instituições parceiras.

❤ No perfil:
Na aba “Doações”, você seleciona uma das instituições parceiras e escolhe o valor com que irá contribuir.

Leia mais:

Hortas urbanas: uma saída para combater a escassez de alimentos


Como a escolha dos alimentos contribui para um futuro sustentável


Insegurança alimentar: o que é e como combatê-la?


Combate à fome: como doar com apenas um clique

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