Como é possível acabar com a fome em um mundo onde não falta comida? A Fast Company questionou diversas empresas sobre esse assunto para entender como o setor privado está ajudando a combater o problema da fome e, assim, atingir um dos mais importantes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Gustavo Guadagnini, presidente da The Good Food Institute (GFI Brasil), a saída é investir em proteínas alternativas, aumentando a eficiência do sistema de produção de alimentos. O GFI cria soluções para garantir alimentos seguros, de qualidade e em quantidade suficiente para alimentar o mundo todo.
Para ele, o objetivo é voltar a utilização de recursos naturais da produção de proteína animal para a alimentação humana, proporcionando hábitos alimentares mais sustentáveis e seguros.
Já a Sodexo On-site Brasil disse estar buscando soluções para a redução do desperdício de alimentos. Uma delas é a Cozinha Inteligente, que torna os processos de preparo mais eficientes, aproveitando ao máximo os insumos e recursos naturais.
A reportagem também cita a Bayer, que assinou o Zero Hunger Pledge e se comprometeu a doar 160 milhões de dólares para ajudar a acabar com a fome global até 2030.
Além disso, esse compromisso também incentiva outros projetos alimentares, como iniciativas locais em prol da segurança alimentar. É o caso da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, (CAR-BA), que busca fortalecer e expandir a capacidade produtiva de frutas e vegetais entre agricultores familiares da Bahia.
Com o objetivo de conceder subsídios para organizações sem fins lucrativos, a AGCO Agriculture Foundation lançou um processo seletivo com propostas de financiamento entre US$ 20 mil e US$ 300 mil para apoiar projetos, iniciativas e inovações que ajudem agricultores e comunidades a promover práticas agrícolas que sejam resilientes às mudanças climáticas.
E as ações do iFood?
Para seguir com o objetivo de alimentar o futuro do mundo, o iFood entende que é preciso combater a fome e a insegurança alimentar. Por isso, a empresa apoia iniciativas e ONGs e promove ações e doações para solucionar esses problemas.
Doações
O iFood é a maior plataforma de doações do Brasil, arrecadando fundos para apoiar instituições como Gastromotiva, Ação da Cidadania, CUFA, Gerando Falcões e Orgânico Solidário.
Em 2021, foram arrecadados R$ 11,5 milhões em doações dos usuários da plataforma, R$ 4,5 milhões pelos parceiros e R$ 21 milhões doados pelo próprio iFood. Até agora, em 2022, foram recebidos R$ 5,4 milhões pelos usuários.
Hortas urbanas
Em escolas e na própria sede do iFood, em Osasco (SP), a empresa implementou hortas urbanas, que produzem alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos, e que alimentam pessoas da própria região onde são produzidos.
Até agora, são seis hortas ativas, com o objetivo de promover uma alimentação saudável, com frutas, legumes e verduras —alimentos que não são acessíveis para pessoas de classes sociais mais baixas.
Já foram doadas mais de 60 toneladas de alimentos produzidos nas hortas, impactando mais de 20 mil pessoas com uma produção sustentável e inclusiva.
Todos à Mesa
Em conjunto com outras empresas, o iFood faz parte da coalizão Todos à Mesa, que busca reduzir os impactos da fome no Brasil e atuar na redução do desperdício de alimentos por meio do fortalecimento de redes de redistribuição, conscientização sobre o tema e estímulo de um ambiente favorável para a doação de alimentos.
No primeiro ano de existência, o Todos à Mesa já doou 6 mil toneladas de alimentos, quantidade capaz de complementar a alimentação de 2,4 milhões de pessoas. A coalizão também se uniu ao Pacto pelos 15% com Fome, com o compromisso de doar, todo dia 15 do mês, de setembro a dezembro, uma quantidade adicional de alimentos além das 80 toneladas mensais já destinadas aos beneficiários do movimento.
