O que é micromobilidade e como isso melhora a vida na cidade

Os modais da micromobilidade são uma alternativa sustentável para repensar o cenário atual das cidades e seu futuro. Descubra quais são eles e como vêm sendo adotados.

Autor: Luana Ozemela

Chief Sustainability Officer at iFood, WEF & UNICEF Advisor, Bloomberg 500 Most Influential of Latin America

Meios de transporte leves são uma boa opção para os trajetos mais curtos

Quando se fala de mobilidade urbana, um conceito que vem sendo bastante discutido é o da micromobilidade, ou seja, ter a opção de usar meios de transportes leves, destinados, principalmente, ao uso individual – como bicicletas, motos elétricas, patinetes e skates –, ideais para os trajetos curtos.

Esses modais têm características específicas: operam no máximo a 45 km/h, funcionam por meio de eletricidade ou força humana, podem ser de uso exclusivo de uma pessoa ou compartilhado e são amigos do meio ambiente.

Também conhecidos como microtransportes, esses veículos são uma alternativa sustentável para repensar o cenário atual das cidades e seu futuro. Afinal, a preferência dada a modais poluentes reflete diretamente na qualidade de vida da população, que sofre com congestionamento de veículos, doenças respiratórias, poluição sonora e na atmosfera, como resultado dos altos níveis de dióxido de carbono (CO2) liberados diariamente, um dos principais gases do efeito estufa.

Uma corrida contra o tempo

Segundo dados da organização Global Carbon Project, 52,74% das emissões de CO2 ocorreram nos últimos 30 anos. Apesar de o Acordo de Paris reforçar a necessidade de os países fazerem sua parte para alcançar a neutralidade nas emissões da substância em 2050, ainda há muito a ser feito.

Atualmente, cerca de 86% das emissões de dióxido de carbono do mundo vêm da queima de combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural e carvão mineral. Daí a importância de expandir o uso dos modais não poluentes nas cidades.

O Brasil está na 12ª posição no ranking de poluição Global Carbon Atlas (Atlas Global de Carbono), no qual a China, os Estados Unidos e a Índia ocupam os três primeiros lugares. Intensificar a adoção de microtransportes, portanto, é uma das chaves para melhorar a mobilidade urbana e ganhar aliados no combate à poluição.

Micromobilidade no iFood

Motos elétricas

 

Como incentivo ao uso de modais não poluentes, o iFood anunciou, em fevereiro deste ano, novas motos elétricas de uso exclusivo dos entregadores parceiros. As 10 mil motos, que são mais econômicas do que os modelos à combustão, ainda não estão disponíveis para compra, mas estarão nas ruas até o fim de 2022.

Bicicletas elétricas

Em 2021, o iFood Pedal se tornou o maior do ramo de bicicletas elétricas para delivery da América Latina. A ação, uma parceria entre a empresa e a Tembici, já estava disponível em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF), e chegou em fevereiro à cidade do Recife (PE).

Drones

O iFood é a primeira empresa das Américas a ter permissão para usar drones no delivery. Eles complementam a operação: ao receber um pedido, o restaurante parceiro avalia se aquela refeição pode ser transportada no drone, e, em caso positivo, o dispositivo leva o pedido ao droneport, onde os entregadores fazem a retirada e o levam aos consumidores.

Robô ADA

A ADA é um veículo autônomo não poluente que atua como reforço no delivery. Ao receber o sinal do aplicativo do iFood, a ADA segue sua rota até o restaurante indicado, onde coleta o pedido e leva ao hub para retirada realizada pelos entregadores parceiros. Em 2022, foram iniciados testes do veículo em condomínios pelo Brasil.

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