Empreendedores negros avançam com o iFood Acredita

Para 64% dos participantes do programa, o negócio representa ao menos metade da renda familiar

O primeiro balanço do iFood Acredita mostra que, para 64% dos empreendedores que participam desse programa de aceleração exclusivo para pessoas negras, o negócio traz pelo menos metade da renda familiar.

A iniciativa, que está em fase piloto em Salvador (BA), quer acelerar o crescimento do empreendedorismo negro na plataforma, fortalecendo a diversidade e impulsionando esse público.

Seus primeiros resultados mostram que 60% dos empreendedores pediram consultoria e que 235 certificados de cursos feitos no iFood Decola já foram emitidos para quem participa do programa.

E quem participa do iFood Acredita diz que, com apoio e capacitação, a entrega prometida pelo programa tem sido realizada com sucesso.

Valorizando a marmita –e a empreendedora


Essa pegada de empoderamento já está fazendo a diferença no negócio de Bianca Jade, de 29 anos, que fica no bairro de Cajazeiras, em Salvador.

“O programa me incentiva a me valorizar enquanto empreendedora, a buscar o meu melhor e a dar o meu melhor para os meus clientes”, define Bianca, dona do Deguste Sabores, especializado em marmitas.

Uma das orientações que ela recebeu no iFood Acredita foi a de melhorar a precificação das marmitas, que estavam sendo vendidas por um valor insuficiente para o crescimento do negócio.

Como parte do programa, um consultor do iFood a ajudou a analisar o cardápio, o desempenho da loja e em que aspectos poderia melhorar.

Uma questão estratégica apontada foi a do tempo das entregas, que precisava ser reduzido. “Comecei a deixar alguns itens pré-prontos para agilizar”, conta Bianca. O Deguste também foi aconselhado a vender combos, o que não era feito antes.

Outra grande descoberta por meio do iFood Acredita foi na gestão financeira. “Aprendi a separar a Bianca do Deguste Sabores. Não dá pra misturar as finanças pessoais com as do negócio. Hoje estabeleço o meu pró-labore para não comprometer o fluxo de caixa da empresa”, diz.

Em sua percepção, “o iFood pensa no empreendedor e na melhor forma de a gente trabalhar”, considera. “E apoia o nosso crescimento.”

A meta da Bianca, agora, é crescer até 50% até o final do ano na quantidade de pedidos. Atualmente, a média de marmitas comercializadas por mês é de 370. As que mais saem são as de parmegiana e de um mix de carnes.

Hamburgueria afrocentrada aposta em entregadores

Outro exemplo é o Griot Burger, negócio familiar, de estrutura enxuta, que o proprietário, Oell Reis, de 39 anos, define como “a primeira hamburgueria afrocentrada de Salvador”.

Oell, que entrou na plataforma do iFood em 2021, conta que estava com dificuldades de ganhar escala. “A cultura do hambúrguer ainda precisa ser muito difundida em Salvador”, afirma.

Em agosto, ele participou, pelo iFood Acredita, de um encontro com o time do iFood, ao lado de outros empresários. “Foi uma imersão para esclarecer dúvidas”, diz. 

Uma das dicas que recebeu para vender mais no app foi incorporar em seu processo de logística alguns entregadores próprios para ampliar o raio de alcance das entregas.

O iFood Acredita também tem ajudado o empreendedor a reforçar seu foco de atenção aos cursos do Decola, a plataforma de conteúdos rápidos e gratuitos do iFood para os parceiros aprenderem a conquistar mais clientes e a vender melhor no aplicativo.

No caso da Griot Burger, as entregas vão além dos carros-chefes da casa, como o Griot Bacon, feito de pão australiano, hambúrguer grelhado com 130 gramas de carne, queijo cheddar, bacon e molho barbecue, ou os também queridinhos milkshakes de morango e paçoca, tudo preparado em uma cozinha industrial própria.

Para Oell, mais do que oferecer boa comida, seu estabelecimento é um local de exaltação dos feitos de pessoas negras ao longo da história, nos diversos campos do conhecimento humano, como os de ciências e artes.

Assim, nas redes sociais do Griot, são costumeiros posts que destacam realizações de artistas e cientistas negros. No ponto físico, inaugurado há alguns meses também no bairro de Cajazeiras, a decoração é rica em temas da cultura afrodescendente.

“Queremos combater todo tipo de preconceito, principalmente o racismo”, frisa Oell, que trabalha no negócio ao lado da mulher, Lorena, que também é professora, e dos filhos Othon, de 18 anos, e Osvaldo, de 19.

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