Empresas e funcionários estão mudando a maneira de trabalhar para ter mais produtividade e qualidade de vida
Em todo o mundo, os escritórios ficaram vazios de repente no início de 2020. Naquele momento, muita gente começou a trabalhar de casa devido à necessidade de isolamento social causada pela pandemia de Covid-19.
Essa nova realidade tomou conta das empresas, muitas das quais jamais tinham adotado o sistema de home office antes. No começo, as pessoas começaram a ver vantagens nesse modo de trabalho, como ter mais flexibilidade de horários e menos estresse no trânsito.
Mas, ao longo do tempo, muita gente começou a sentir falta do trabalho em equipe, do cafezinho e das reuniões presenciais. Com a volta aos escritórios, surgiu uma questão: será que o futuro é conciliar o melhor dos dois mundos em um modelo híbrido de trabalho?
Em 2022, a maioria dos profissionais entrevistados (63%) na pesquisa Guia Salarial, da empresa de recrutamento Robert Half, disse que preferiria o trabalho híbrido em 2022 —e 38% afirmaram que procurariam um novo emprego se a empresa não oferecesse ao menos uma opção parcialmente remota.
Outro levantamento feito pela Robert Half mostra que 48% das companhias consultadas pretendem adotar o trabalho híbrido em 2022, enquanto 38% afirmaram que iriam voltar ao modelo totalmente presencial. Os gestores listaram como benefícios do trabalho híbrido o melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a redução de custos gerados pelos escritórios.
No mundo, o cenário também é favorável à mistura de trabalho em casa e no escritório: nove em cada dez companhias pretende adotar esse modelo, segundo uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey.
Apenas uma em cinco empresas acreditam que não terão nenhuma forma de trabalho remoto no futuro, aponta a pesquisa global Future of Work, realizada em 2021 pela FTI Consulting a pedido do HSBC. E 34% vão dar flexibilidade total para os funcionários decidirem onde querem trabalhar.
Para as empresas, o trabalho híbrido faz sentido pela redução de custos no escritório, o aumento da produtividade (verificado em 77% das empresas entrevistadas que mais crescem) e para os planos de expansão em novos mercados. E está alinhado com objetivos de ESG, como melhorar a qualidade de vida dos funcionários e reduzir seu impacto ambiental, aponta o HSBC.
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