Saber ler os movimentos do público é essencial para construir uma boa reputação
Um dos princípios da Nova Economia é que as empresas precisam estar sempre antenadas, coletando informações sobre o que está acontecendo ao seu redor (e no mundo) para se preparar e acompanhar os novos movimentos do seu público.
Na área de Relações Públicas (RP), o cenário não é diferente. De olho nos dados, os profissionais entendem qual é a melhor forma de se comunicar com diferentes perfis de pessoas e como passar a mensagem de maneira certeira para alimentar uma boa reputação.
“Na Nova Economia, as ações de RP se baseiam em dados. No iFood, criamos ferramentas para buscar informações, entender as narrativas que estão na mídia e o que os influenciadores estão falando. Assim, podemos traduzir o que isso significa para o negócio e passar a nossa mensagem de forma correta para o público mais interessado”, explica Manuela Cherobim, gerente de Relações Públicas do iFood.
Afinal, o RP da Nova Economia coleta e avalia informações para criar uma estratégia quantitativa de comunicação: é o data-driven PR, ou seja, Relações Públicas guiadas por dados na tomada de decisão.
Desafios da Nova Economia
O primeiro desafio é entender com quem a empresa está falando. “Hoje, os públicos estão diversificados e ficam nas suas bolhas. A questão é como podemos transmitir nossas mensagens para cada bolha”, afirma Manuela. “Para isso, aprendemos a falar a linguagem dos parceiros entregadores, da sociedade, do restaurante e do mercado.”
Outro diferencial do RP guiado por dados é acompanhar as métricas para entender a efetividade das estratégias de comunicação, não só com a imprensa e com influenciadores, mas também com restaurantes, entregadores e a sociedade.
“Com estudos baseados em dados, criamos as melhores narrativas para que cada público entenda o que a gente faz”, conta Manuela. “Na Nova Economia, comunicação não é só a imprensa. Trabalhamos com influenciadores e líderes de opinião do nosso ecossistema, como profissionais de logística, entregadores, faculdades.”
Economia da reputação
A coleta de informações também serve para a área de RP fazer uma leitura precisa de conjuntura. “Trabalhamos os dados de uma forma disruptiva: lemos as notícias, analisamos o material e a semiótica e então descobrimos quais temas são importantes para a sociedade. Assim, conseguimos ver as tendências e pegar carona no burburinho da imprensa e dos influenciadores para passar a nossa mensagem”, afirma Manuela.
Esse olhar ao redor é importante porque, na Nova Economia, a comunicação não é feita de dentro para fora nem em uma via de mão única. “Se existem temas que estão quentes fora da empresa, pode não ser a melhor hora de soltar um anúncio importante. Se temos temas distintos e a temperatura de fora está quente e a de dentro também, uma das duas vai ter que esfriar para sermos protagonistas do nosso tema com a imprensa e os influenciadores.”
Na Nova Economia, o RP trabalha a reputação de forma diferente. “Os profissionais de RP são os guardiões da reputação da marca”, diz Manuela. “Estamos sempre preocupados com o impacto social que a nossa comunicação gera. Antes, ela era de uma mão só. Agora, todos têm voz: os entregadores, os restaurantes, os consumidores, a imprensa. São eles que alimentam a economia da reputação.”
Manuela completa que não existe uma fórmula de sucesso para o RP na Nova Economia, e sim uma mentalidade de aprender testando. “Estamos sempre experimentando novas formas de comunicação, formatos diferentes, e assim vamos acertando, errando, vendo com o que o público está engajando”, conta. “Ainda não existe uma cultura de comunicação na Nova Economia no Brasil. E é isso que estamos fazendo no iFood.”