Expansão do mercado de greentechs é uma tendência e um objetivo

Entenda o que são greentechs, qual o seu papel na construção de um futuro sustentável e como viabilizar uma inovação nessa área

A escassez de recursos naturais e as mudanças climáticas colocaram o desenvolvimento sustentável entre as principais pautas econômicas no mundo. Com o Dia de Sobrecarga da Terra chegando cada vez mais cedo (em 2022 foi em 28 de julho), é urgente criar soluções inovadoras para reduzir o impacto ambiental, com a busca de fontes renováveis, por exemplo. 

É nesse cenário que as chamadas greentechs se mostram grandes aliadas do planeta e da economia. Não sabe o que são as greentechs? Então continue lendo para entender não só o que são, mas também qual é o papel delas para construir um futuro sustentável, além de saber como viabilizar uma inovação nessa área. 

O que são greentechs?

Conhecidas como “startups verdes”, as greentechs são empresas inovadoras que promovem a sustentabilidade, por meio de ações para minimizar a degradação ambiental e otimizar o uso dos recursos naturais. 

Essas empresas desenvolvem projetos escaláveis focados em gerar impactos socioambientais positivos. Sua abordagem é voltada para a natureza e o bem-estar das pessoas. 

As greentechs estão presentes em diversos setores, entre os quais Energia, Transporte, Saneamento e Gestão de Resíduos. E, para que as inovações funcionem, gerem os benefícios desejados e sejam viáveis, as startups verdes utilizam soluções tecnológicas como:

Crescimento das greentechs

Não é novidade que o comportamento e as exigências dos consumidores estão mudando também quando o assunto é sustentabilidade. Um estudo da Kantar, consultoria presente em vários países da América Latina, apontou que os consumidores Eco Actives representavam 8% da população brasileira em 2022. 

A denominação se refere aos consumidores ecologicamente ativos que se preocupam com as questões ambientais, a ponto de isso influenciar diretamente em seus hábitos de consumo e suas decisões de compra.

Esse comportamento não é de agora. Estudos mostram que, desde 2019, a preocupação com o meio ambiente tem ganhado força. Fatores como a pandemia, a crise hídrica, a falta de insumos e o aumento dos preços foram e continuam sendo determinantes para essa mudança de olhar e para ditar novos comportamentos.

A projeção é de que, nos próximos dez anos, pelo menos um em cada cinco brasileiros tenha esse “perfil ecológico”. No mesmo período, a população mundial engajada com a causa ambiental deverá chegar a 56%. 

Isso já é identificado pelo mercado. Tanto é que marcas associadas a práticas sustentáveis são bem vistas pelos consumidores, que compram algo somente após verificar se a produção de um item é ambientalmente sustentável. 

Um levantamento da CNI aponta que 24% dos consumidores brasileiros têm essa preocupação em todas as compras, e 26% observam isso na maioria das vezes. 

Investimentos em ESG

Mas não é só o comportamento do consumidor que dita tendências globais ou amplia a importância do papel das greentechs. O próprio mercado financeiro e órgãos mundiais, como a ONU, têm falado cada vez mais em ESG, sigla para Environmental, Social and Governance ou, numa tradução direta, práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. 

O termo ESG surgiu em 2004 em uma publicação do Pacto Global e direciona as tomadas de decisões de investidores pelo viés da sustentabilidade. Isso porque os critérios ESG estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU em 2015 e que reúnem desafios e vulnerabilidades da sociedade. 

Entre os objetivos a serem alcançados até 2030 estão o consumo e produção responsáveis, sustentabilidade, saneamento e energia limpa. Tais metas só serão alcançadas com investimentos em ESG, e as greentechs terão participação fundamental nesse cenário.

A ONU estima que os investimentos globais devam ser de pelo menos US$ 5 trilhões por ano para atingir os ODS. Esse universo de investimentos é composto por fundos de ações e títulos de dívidas de empresas ou governos com diversos graus de impacto ambiental ou social. 

Os investidores têm a possibilidade de comprar títulos verdes, de sustentabilidade e títulos sociais. Dessa forma, o investimento é alinhado com o propósito e os valores de quem compra, garantindo também a rentabilidade. 

Dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) apontam que em 2020 os fundos em ESG acumularam R$ 543 milhões. 

No mesmo ano, a B3 lançou o índice S&P/B3 Brasil ESG. O objetivo é selecionar empresas brasileiras para a carteira, com critérios baseados em práticas ambientais, sociais e de governança. 

As chamadas Empresas B também entram nesses investimentos. Elas são de outros setores, mas possuem o mesmo compromisso socioambiental. O movimento leva em consideração a consciência social e ambiental nos modelos de negócios das empresas, oferecendo uma certificação que confere credibilidade, confiança e valor.

iFood Labs e greentechs

Se o objetivo é o desenvolvimento sustentável, o esforço conjunto de empresas, governo e consumidores é essencial para vislumbrar esse futuro. É por isso que o iFood Labs busca soluções ecologicamente corretas, adotando iniciativas, movimentos, ideias e investindo em startups. 

Por meio de uma iniciativa mediada pela startup Moss, por exemplo, o iFood já ajudou a proteger 1,25 milhão de metros quadrados da Floresta Amazônica. A empresa acredita que ações como essa ou como a moto elétrica podem tornar possível um futuro sustentável tão desejado. 

Nesse sentido, existe a certeza de que a aproximação com as greentechs e as Empresas B pode ser benéfica para um capitalismo mais consciente

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