ENTREGAS MAIS SUSTENTÁVEISAS AÇÕES DO IFOOD PARA TENTAR DIMINUIR O ENORME IMPACTO AMBIENTAL DE SEU SETOR A QUANTIDADE DE LIXO extra que a pandemia nos obrigou a gerar talvez seja incalculável.
A Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA) deu uma pista ao estimar que o consumo de plástico descartável cresceu até 300%.
O aumento, em boa parte, é atribuído à explosão dos pedidos de delivery de comida.
Determinado a diminuir sua pegada ambiental, o iFood anunciou que o CO2 emitido nas entregas de julho em diante será compensado antecipadamente – está comprando créditos de carbono da startup Moss, que se dedica à preservação de florestas do país.
Para 2025, traçou a meta de zerar a poluição plástica e aumentar para50% a presença de veículos sustentáveis em sua frota.
Em julho, aderiu à campanha #DeLivreDePlástico,organizada por um braço da ONU e pela ONG Oceana.
A campanha impõe que 80% dos pedidos fiquem livres de talheres, pratos, copos, guardanapos e canudos plásticos até 2025.
0 passo seguinte, ainda vago, é reduzir a oferta de sacolas e embalagens plásticas (falta prever um fim para a infinidade de papel utilizado).
O iFood já havia criado, em dezembro, uma opção que permite recusar o recebimento de talheres plásticos, e 18 milhões de pedidos já vieram sem eles.
A meta é replicar a ideia para canudos e sachês.
“A pandemia acelerou iniciativas ambientais que começamos a traçarem 2019”, diz Gustavo Vitti, vice-presidente de Soluções Sustentáveis do iFood.
A empresa também criou um concurso para escolher um novo material para as embalagens dos PFs – e elegeu um papel-cartão da Suzano. De celulose de eucalipto, ele é submetido a um processo chamado de alta colagem, que o torna suficientemente rígido e resistente a produtos quentes e frios e à passagem de líquidos. O objetivo é criar uma alternativa para as embalagens de plástico e de isopor, mais nocivas ao ambiente.
CALORIAS VALIOSAS
CIFRAS QUE MOSTRAM O QUANTO ASENTREGAS DE COMIDA SEGUEM EM ALTA
Previsão do movimento global do mercadode delivery de comida este ano
US$306 BILHÕES
Quanto o segmento deve arrecadar só comvendas em plataformas digitais em 2021
US$172 BILHÕES
Faturamento previsto para essa modalidade de negócio em 2025
US$449 BILHÕES
Quanto os chineses deverão gastar com delivery de comida em 2021
US$189 BILHÕES
CORRIDA CONTRA O CARBONO
COMO OUTROS GRANDES APLICATIVOS BUSCAM DIMINUIRAPEGADA AMBIENTAL
Delivery Hero (Alemanha)
Tem a neutralidade de carbono como meta para 2021.
Em julho, apresentou embalagens biodegradáveis 100% plant-based – até a tinta usada é de origem vegetal.
0 Grubhub (Estados Unidos)
Desde fevereiro, sua opção-padrão é não enviar talheres e guardanapos (40 bilhões de talheres plásticos são descartados mundialmente todo ano).
Uber Eats (Estados Unidos)
Desde 2019, o aplicativo orienta seus parceiros a não incluir canudos e outros acessórios do tipo nas sacolas.
Cabe aos clientes solicitar os itens extras.
Doordash (Estados Unidos)
Intermedeia a venda de embalagens eco-friendly, tanto de plástico reciclado quanto de papel kraft, para os estabelecimentos parceiros. Guardanapos e afins só entram se forem pedidos.
Zomato (índia)
A companhia se comprometeu, em junho, a ter uma frota 100% movida a eletricidade até 2030.
Hoje, o percentual é de cerca de 20% no país, e de 35% em cidades populosas como Nova Délhi.
Just Eat (Dinamarca)
Informa que está focada em eletrificar a própria frota, para reduzir as emissões de carbono das entregas, e em incentivar os estabelecimentos parceiros a abolir o uso de plástico.
Matéria publicada originalmente em Época Negócios | Ano 14