A jornada de trabalho por aplicativo está cada vez mais em destaque: com a maior acessibilidade a apps diversos de prestação de serviços, muita gente tem enxergado oportunidades de renda nessa nova forma de trabalhar.
O iFood faz parte dessa nova economia e tem um papel importante nessa conversa, considerando que muitos dos entregadores de delivery atuam como parceiros da plataforma.
Ainda assim, não é o único: aplicativos como Uber, 99, Zé Delivery e Rappi também compreendem uma parcela da categoria de trabalhadores autônomos que atuam pelos apps. Atualmente o contingente de trabalhadores de aplicativos no setor chega a 2,2 milhões em 2024, o que representou um crescimento de 18%, como aponta essa pesquisa do Cebrap em parceria com a Amobitec.
Apesar de terem propostas similares, cada aplicativo possui sua própria jornada de trabalho, bem como critérios e benefícios específicos para os trabalhadores que atuam usando essas plataformas como intermediadoras de serviços.
No iFood, existe um modelo de intermediação bem específico — que vale a pena entender como funciona para tirar possíveis dúvidas e, claro, esclarecer mitos sobre a jornada de trabalho na plataforma.
E ninguém melhor do que o próprio iFood para explicar como funcionam seus processos internos, não é mesmo? Vem acompanhar no texto abaixo mais sobre esse assunto.
Boa leitura!
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Cenário do setor de entregas no Brasil
Diferentemente dos trabalhos tradicionais, onde há um horário fixo e o famoso “bater ponto”, os trabalhadores que usam aplicativos atuam de forma autônoma, sem uma carga horária pré-determinada.
Isso significa que eles podem escolher quando e por quanto tempo vão trabalhar — e essa modalidade de trabalho tem atraído cada vez mais pessoas justamente pela flexibilidade.
De 2023 para 2024, o crescimento de motoristas e entregadores de apps chegou a 18%, de acordo com a pesquisa Cebrap, mencionada anteriormente.
Um dos setores que cresceu, apoiado nessa nova forma de trabalho, foi o de entregas por aplicativo: aquele delivery que você pede de mercado, farmácia ou o jantar de sábado à noite, só é possível porque muitos profissionais atuam como parceiros em plataformas como o iFood.
Inclusive, de acordo com dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, 77% dos entregadores entrevistados, que trabalham com apps diversos, declaram preferir esse modelo de trabalho autônomo, com mais liberdade para escolher os próprios horários.
Tal modalidade de trabalho só é possível com uma organização interna e processos bem definidos por essas plataformas que atuam como intermédio para que os trabalhadores realizem entregas.
No caso do iFood, o modelo de intermediação funciona em duas frentes:
Marketplace | O iFood conecta duas pontas (clientes e estabelecimentos comerciais), e a entrega é realizada pelo estabelecimento com entregadores próprios ou terceiros. |
Fullservice | O iFood conecta três pontas (clientes, estabelecimentos comerciais e entregadores cadastrados naplataforma). |
Atualmente, 60% dos pedidos feitos pelo aplicativo são realizados no modelo marketplace e as entregas ocorrem fora do iFood, direto pelos restaurantes e estabelecimentos; ainda, 40% deles são intermediados pela plataforma, com os entregadores cadastrados.
A jornada de trabalho por aplicativo de delivery difere da de transporte

Uma confusão comum na conversa sobre jornadas de trabalho por aplicativos de serviço é assumir que todas as plataformas que conectam clientes e trabalhadores atuam da mesma maneira.
Entregadores possuem jornadas de trabalho bem diferentes dos motoristas de aplicativos de transporte como a Uber e a 99, por exemplo.
Como mencionamos, no caso do iFood, a entrega de alimentos e mercadorias pode se dar quando a plataforma faz a intermediação entre o cliente final, o estabelecimento fornecedor da mercadoria e o entregador; e quando o aplicativo atua como uma plataforma de vendas, conectando apenas cliente e estabelecimento (e este é responsável pela entrega do produto).
Já nas plataformas de mobilidade individual de passageiros, o aplicativo é responsável pela conexão do cliente final com um motorista de aplicativo disponível, sem o envolvimento de um estabelecimento.
Quais são os modelos de remuneração para os trabalhadores de aplicativo?
Uma vez que a jornada de trabalho por aplicativo varia conforme as especificidades de cada plataforma, os modelos de remuneração, consequentemente, também são distintos.
Logo, um motorista da Uber não passa pelo mesmo cálculo de ganhos que um entregador iFood.
Em apps de mobilidade, a remuneração é pensada a partir de um percentual dos valores finais pagos pelos passageiros no app: o que não acontece no delivery, que tem um cálculo próprio, sem taxa ou comissão cobrada do profissional parceiro.
No iFood, a taxa de entrega que o consumidor vê no app de cliente não é o mesmo valor repassado ao entregador, porque o cálculo da remuneração é feito de acordo com a rota, com base em três fatores-chave:
- coleta: quantas vezes o entregador faz paradas para pegar um ou mais pedidos;
- entrega: número de entregas feitas na mesma rota;
- distância: quilômetros percorridos desde o aceite até a entrega final.
Ainda, quando esse cálculo resulta em um valor menor que R$ 6,50, ou menos que R$ 1,50 por quilômetro rodado, o iFood completa a quantia para chegar nesses valores — que são os mínimos praticados pela empresa.
O iFood também realiza algumas promoções quando acontece um aumento no número de pedidos, geralmente em datas comemorativas e finais de semana, e isso soma na remuneração final recebida pelo entregador.
O que diz a legislação trabalhista sobre a jornada de trabalho por aplicativo?

A regulamentação do trabalho por aplicativos é um assunto que o iFood tem debatido e informado há algum tempo, tanto aqui no iFood News quanto em outros canais de comunicação: ainda não existe uma legislação que contemple as especificidades do trabalho realizado por intermédio de aplicativos de entrega.
Os entregadores, tanto os que atuam no iFood quanto em outras plataformas de delivery, não possuem um enquadramento jurídico adequado.
No momento, eles não são contemplados pela CLT, mas também não se alinham completamente com os modelos existentes na categoria de autônomos.
Assim, o debate entre Governo, categoria e plataformas se estende na busca por um modelo justo, que atenda às necessidades dessa nova realidade de trabalho, principalmente para garantir que os trabalhadores tenham acesso a benefícios como previdência social, auxílios e afins.
O iFood apoia a regulamentação e acompanha de perto essa pauta: você pode conferir no blog um artigo completo para entender melhor os desdobramentos da regulação dos entregadores no Brasil.
Como a tecnologia do iFood contribui com a jornada de trabalho dos entregadores?
O iFood sustenta seu modelo de entregas (e contribui com a renda de milhares de brasileiros) por meio de muita inovação e tecnologia: pilares essenciais nos processos da empresa.
Diversos recursos digitais implementados pelo iFood contribuem para otimizar a jornada de trabalho dos entregadores no aplicativo, ajudando a potencializar seus ganhos e deixar todo mundo satisfeito nessa cadeia de prestação de serviços: estabelecimentos, clientes e entregadores parceiros.
A aplicação de recursos digitais começa desde o momento do cadastro, onde os entregadores passam por uma checagem de dados e reconhecimento facial, para a segurança deles e também a de quem vai receber o pedido.
Ainda, a empresa usa da tecnologia para contribuir com a segurança pública e garantir melhores condições de trabalho para esses colaboradores no dia a dia das entregas.
O iFood também usa a Inteligência Artificial para distribuir pedidos de forma inteligente entre os entregadores e para oferecer um mapa de calor onde os parceiros identificam em quais áreas existe maior concentração de demanda de delivery.
Já deu para perceber, então, que a conversa sobre a jornada de trabalho por aplicativo, seja no iFood ou em outras plataformas, ainda vai evoluir muito: e você pode seguir acompanhando notícias sobre esse tema aqui no iFood News.