Professores contam as lições que tiraram da Maratona Tech

A Maratona Tech é uma competição escolar patrocinada pelo iFood, uma empresa brasileira de tecnologia, para despertar o interesse dos jovens por essa área.  Mas os professores que se envolvem no programa também aprendem muita coisa bacana – e criam novas motivações para seu próprio crescimento pessoal e profissional.

Que o diga a Luciene Santana Ferreira, professora de biologia e STEAM ((sigla em inglês para determinar a junção de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática em uma só disciplina) e coordenadora de Projetos Inovadores no COC de Imperatriz, no Maranhão.

“Eu aprendi muita coisa com os meus alunos durante a competição”, conta. “É uma jornada em que a escuta do professor e seu papel como mediador são muito importantes, até para entender se algum aluno está desmotivado e, a partir daí, traçar novas rotas.”

Aprimorar essa habilidade de escuta foi um dos grandes benefícios que Luciene diz ter percebido em sua participação no projeto. “Muitas vezes, em sala de aula, o professor, impulsionado para cumprir o currículo, não tem o tempo ideal para o desenvolvimento de projetos autorais dos alunos a partir de seus interesses”, avalia.

Ao longo dos dez meses da competição, ela diz ter ganhado a confiança dos estudantes por ter conseguido entender melhor suas dificuldades no cumprimento das tarefas do dia a dia.

“Eu me aproximei demais deles”, frisa. “Hoje nossa relação é de muita amizade e respeito, e não tenho dificuldade para desenvolver novos projetos com eles, para que sejam protagonistas de seus propósitos.”

“Eles compreenderam que a tecnologia é um meio”

Os desafios da Maratona Tech também agregaram novos conhecimentos e competências ao currículo de Rubio Bessa, professor de sociologia e geografia no ensino médio do Colégio Estadual Dom Pedro primeiro, de Aparecida de Goiânia, em Goiás.

“A Maratona representou, para mim, uma experiência formativa nas áreas de tecnologia e educação relacionadas ao mundo do trabalho”, afirma. “Suas práticas e vivências desafiadoras me qualificaram e atualizaram em relação às demandas para os professores da educação básica no Brasil.”

Ribio destaca que precisou “articular e motivar uma equipe de 30 alunos no colégio e em suas casas” para que pudessem colocar em ação sua criatividade e se engajar nas atividades propostas.

“Enquanto professor, percebi que o interesse dos estudantes foi muito além das premiações”, comenta. “Eles compreenderam que a tecnologia é um meio e não um fim em si mesma.”

O professor Gerson Ribeiro dos Santos, por sua vez, foi o responsável por orientar e preparar os alunos da Escola Municipal Maria das Graças Alves Costa, da cidade de Irecê, na Bahia.

“Meu papel envolveu treinamentos, mentoria e suporte técnico para garantir o melhor desempenho dos alunos na competição”, conta.

Em sua opinião, a grande mensagem transmitida para os estudantes foi a de que, “quanto maior o empenho e o compromisso com as atividades, maiores serão as chances de compreender o pensamento computacional e as profissões do futuro tech”.

A Maratona Tech faz parte do compromisso do iFood em investir na educação básica no Brasil.

Em 2022, a competição reuniu 80 mil estudantes em 21 estados e 183 cidades brasileiras. Desses participantes, 222 foram premiados com bolsas em tecnologia.

A expectativa para a segunda edição do programa, neste ano de 2023, é premiar mil jovens ao final.

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