Futuro dos alimentos: como ter comida suficiente para 10 bilhões de pessoas

Conheça novas tecnologias para aumentar a produtividade e o valor nutritivo da comida sem prejudicar o meio ambiente

O futuro dos alimentos envolve uma pergunta: como alimentar uma população mundial que deve chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050? Haverá alimentos em quantidade e qualidade para todos? 

Essas e outras perguntas colocam em xeque o futuro dos alimentos, sua produção, distribuição e seu consumo. 

Aquecimento global, uso excessivo de recursos pela agricultura, conflitos entre nações, recessões, pandemia: o cenário parece pessimista, mas iniciativas globais podem revertê-lo.  
Por isso é fundamental falar sobre o futuro dos alimentos, como a tecnologia pode ampliar a oferta de comida, quais são os alimentos do futuro. Além disso, qual é o papel do iFood nesse cenário?

Como transformar os sistemas alimentares?

O futuro dos alimentos será baseado em tecnologia, preservação da biodiversidade e sistemas de produção mais eficientes e sustentáveis nas dimensões social, ambiental e econômica. 

Isso porque a FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), lista 4 os pilares para a transformação  dos sistemas agroalimentares no futuro. 

São eles: melhor governança; maior conscientização do consumidor; melhor distribuição de renda e riqueza; difusão de inovações tecnológicas, sociais e institucionais. 

Outras soluções também podem mudar os rumos do futuro dos alimentos, de acordo com o relatório Creating a Sustainable Food Future, da ONU, Banco Mundial e a WRI. 

São elas a redução do crescimento por demanda de alimentos, aumento da produção sem expandir terras agrícolas, aumento da oferta de peixes, redução das emissões de gases do efeito estufa e proteção e restauração de ecossistemas.

5 alimentos do futuro para conhecer

Dessa maneira, alimentos do futuro terão alto valor nutricional, serão acessíveis e nutritivos, variados e produzidos de forma a causar baixo impacto ambiental, reduzindo emissões de carbono. 

Tecnologia alimentar, biotecnologia e agricultura 4.0 vão permitir o desenvolvimento e a produção de alimentos altamente nutritivos e resistentes a situações climáticas desafiadoras. 

Veja abaixo 4 alimentos do futuro que provavelmente você vai consumir nos próximos anos. 

  1. Microalgas, como chlorella e spirulina, ricas fontes de proteínas, produzem bioativos potencialmente benéficos para a saúde humana, como antioxidantes e hepatoprotetores. Macroalgas são consideradas superalimentos por conter vitaminas essenciais como B12,  ômega 6 e ômega 3, zinco e magnésio. além de outros nutrientes e proteínas.  A alga marinha kelp é um exemplo de macroalga comestível rica em nutrientes e vitaminas.
  2. Insetos comestíveis, como besouros, formigas, grilos, têm alto teor de proteínas, lipídeos e fibras e contêm aminoácidos fundamentais para o corpo humano. Além disso, a produção de insetos para consumo humano é menos intensiva em recursos e mais ecológica quando comparada à produção de bovinos e aves, por exemplo. 
  3. Carnes artificiais ou de laboratório são produzidas a partir de cultura de células in vitro de células animais, sem necessidade do abate animal. Em 2020, Singapura tornou-se o primeiro país a autorizar a comercialização de nuggets de frango feitos com esse tipo de carne. 
  4. Proteína do ar parece algo bem inusitado, mas já é uma realidade em laboratórios. Esta proteína é produzida a partir de bactérias do solo, que são alimentadas por hidrogênio.

Qual é a importância de pensar no futuro dos alimentos?

Por isso, pensar o futuro dos alimentos é de extrema importância, uma vez que sistemas alimentares atuais respondem por um terço de emissões de gases do efeito estufa

Além de ampliar o aquecimento global, o modo de produção de alimentos contemporâneo emprega o uso excessivo de recursos naturais, como água e solo. 

Seus maiores desafios são a perda da biodiversidade, o aumento da fome e da insegurança alimentar, falta de acesso a uma dieta nutritiva, recessão econômica e conflitos globais completam esse quadro. 

Outro ponto importante, aliás, é o do acesso aos alimentos e como ele vai acontecer no futuro. 

Em 2021, a fome atingiu 828 milhões de pessoas no mundo todo, 150 milhões a mais do que em 2019, de acordo com relatório da FAO. 

Por isso, pensar no futuro dos alimentos torna-se uma missão de todos — governos, empresas, ONG, mídia, sociedade civil, instituto e entidades privadas de pesquisa.

4 tecnologias que vão impactar o futuro dos alimentos

O uso de tecnologias será fundamental para driblar os cenários de escassez e fome que o mundo tem enfrentado nos últimos anos, especialmente depois da pandemia de Covid-19. 

Além disso, a população mundial deve chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050. Produzir alimentos em quantidade e qualidade necessárias será um desafio nos próximos anos. 

As tecnologias serão grandes aliadas nesse cenário, especialmente para tornar a produção de alimentos sustentável. 

Confira algumas dessas novas tecnologias:

Impressora 3D de alimentos: a tecnologia de impressão 3D, já consolidada em países europeus, possibilita a ultrapersonalização de determinados alimentos. Exemplo disso é a empresa espanhola NovaMeat, que usa a tecnologia para fazer bifes à base de plantas. 

Inteligência Artificial: um plano nutricional personalizado, levando em conta a genética individual, usa a Inteligência Artificial. 

O uso de IA em dietas, testes genéticos e biológicos, é uma das tendências apontada pelo relatório Food Tech 2022. 

Internet das Coisas (IOT): equipamentos e maquinários inteligentes e sistemas de monitoramento remoto de cozinhas são exemplos do uso de IOT para alimentação. 

Outras aplicações são controle de estoque, manutenção preventiva e aumento da produtividade e eficiência de cozinhas profissionais. 

Biotecnologia: empregada para o desenvolvimento dos alimentos transgênicos, a biotecnologia tem papel crucial no futuro dos alimentos e no combate à fome. 

Como o iFood trabalha para o futuro dos alimentos?

O iFood trabalha para o futuro dos alimentos por meio de programas de combate à fome e doações de alimentos, luta contra o desperdício de comida e a criação de hortas urbanas. 

A empresa também faz parte do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), maior iniciativa corporativa de desenvolvimento sustentável. 
Alguns dos compromissos firmados são reduzir o uso de plásticos descartáveis nas entregas, o que soma esforços à preservação ambiental, pilar para o futuro dos alimentos.

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