Quais foram os principais resultados da COP27?

Saiba o que os países concordaram em fazer para combater o aquecimento global —e o que o iFood já vem colocando em prática

A COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) encerrou os trabalhos no Egito no domingo (20/11). Nesse encontro, líderes mundiais discutiram as regras práticas da Convenção do Clima, um acordo global para combater as mudanças climáticas.

Dessa vez, seu principal resultado foi a criação de um fundo para ajudar os países mais pobres a enfrentar os desastres naturais causados pelo aquecimento global.

Por que o fundo criado na COP27 é importante?

A criação de um fundo contra perdas e danos devido a eventos climáticos foi considerada revolucionária por organizações como o Observatório do Clima. Ela se dá no contexto da justiça climática

Esse conceito fala sobre como os países que mais emitem gases do efeito estufa devem ajudar financeiramente os países que menos emitem, mas que mais sofrem com eventos extremos.

Em 2022, um caso emblemático foi o do Paquistão, onde tempestades deixaram um terço do país inundado e afetaram 33 milhões de pessoas. O custo estimado para recuperar a estrutura é de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões).

Enquanto isso, no Brasil, tivemos desastres naturais como as fortes chuvas e os deslizamentos de terra que atingiram o sul da Bahia e Petrópolis (RJ) entre o final de 2021 e o início de 2022.

Pelo Acordo de Paris, os países desenvolvidos se comprometeram a destinar US$ 100 bilhões por ano aos mais pobres para ajudá-los a lidar com as mudanças climáticas. Essa meta não vinha sendo cumprida, e nenhuma medida para resolver a questão foi tratada na conferência, deixando incerto como esse fundo sairá do papel.

Quais outros resultados da COP 27?

Outra expectativa importante estava nas metas de limitação do aumento da temperatura média da Terra. Na COP26, os países concordaram em se concentrar em um limite de 1,5°C. Na COP27, quem esperava mais rigor em metas para limitar o aquecimento global a 1,5°C se frustrou. 

O que foi feito, basicamente, foi manter as promessas da COP26, sem pressões mais incisivas para que grandes emissores como China e Índia acelerassem estratégias rumo a práticas menos poluentes.

As expectativas também foram frustradas em relação aos combustíveis fósseis. Se, na COP26, Índia e China conseguiram trocar a determinação de “eliminar gradativamente” para “reduzir gradativamente” o uso desses combustíveis, a orientação foi mantida na COP27, apesar de protestos de ambientalistas.

A boa notícia foi o crescimento da lista de países que prometem reduzir a quantidade de gás metano, um grande causador do efeito estufa, liberada na atmosfera em um terço até 2030. As nações comprometidas com esse objetivo já somam 150, incluindo Estados Unidos e China.

Especialistas chamaram ainda a atenção para a ausência de novidades nas regras de comércio de emissão de créditos de carbono

O que o iFood faz para combater o aquecimento global?

Em 2021, a empresa assumiu o compromisso público de tornar-se neutra na emissão de poluentes realizando pelo menos 50% das entregas usando modais não poluentes. E adota três frentes de ação para reduzir o impacto dos gases poluentes na atmosfera:

  • Compensação antecipada das emissões de gases nas entregas desde 2021 (em 2022, os créditos de carbono vão para projetos de geração de energia renovável e ações para evitar a liberação de gás metano); 
  • Investimento na regeneração de florestas: em 2022, o iFood começou a plantar 50 mil mudas em Porto Feliz (SP) e Marabá Paulista (SP), em parceria com a SOS Mata Atlântica e usando recursos que foram arrecadados em doações no app. Isso significa uma área de novas florestas com tamanho equivalente ao de 20 campos de futebol —e que, em 20 anos, tem potencial de retirar até 8.300 toneladas de CO2 da atmosfera, o equivalente a 28 milhões de entregas.
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