Para muita gente, preparar em casa uma receita da internet é algo corriqueiro. Mas para Gabriela Ribeiro esse foi o pontapé inicial de que ela precisava para começar um negócio de delivery. Tudo começou quando ela resolveu fazer batata rosti, uma receita tradicional suíça. “Do nada, pensei: ‘por que não vender isso’?”, conta.
Formada em Publicidade, ela não tinha experiência com culinária nem com empreendedorismo, mas resolveu colocar em prática sua ideia. Em novembro de 2016, começou seu negócio na cidade de Lorena, no estado de São Paulo. O quitute fez sucesso e a empreitada foi crescendo, tanto que Gabriela comprou um trailer e alugou um terreno para tocar a venda de batata rosti.
Três anos depois, ela se mudou para a cidade vizinha, Guaratinguetá (onde nasceu) e teve que começar tudo de novo. De volta para a cozinha de casa, a ex-publicitária não desanimou e continuou preparando as batatas que a colocaram no mercado gastronômico —e passou a vender também no app do iFood.
Mas foi há pouco menos de um ano que seu negócio de delivery deu uma grande virada. “Pesquisando nas redes sociais, achei um ponto comercial pequeno, que cabia no bolso e dava para montar um restaurante”, conta Gabriela. Então, a empreendedora se uniu a Kimberly Souza, sua atual sócia, e juntas começaram a nova etapa do projeto.
“Eu e minha sócia reformamos todo o local, do cimento à pintura e os balcões de madeira. Tudo sozinhas”, relembra. Agora, além do delivery, também realizam atendimento no salão. E o cardápio aumentou: além da batata rosti, agora temos batata recheada, frita, em espiral… “É praticamente um império da batata”, brinca.
“Nosso diferencial é que os clientes escolhem o recheio em tudo o que oferecemos, montando do jeito que quiserem”, explica Gabriela. E foi assim que o restaurante ganhou popularidade na cidade.
Depois do recomeço, novas perspectivas
Apesar do crescimento, houve um mês em que as vendas caíram expressivamente. “Foi aí que pensei que devia ter alguma coisa errada”, recorda. Gabriela, então, começou a pesquisar sobre alternativas para melhorar o desempenho do restaurante. Ao explorar as abas laterais do aplicativo do iFood, ela encontrou o iFood Decola.
“Eu tinha medo de mexer no cardápio do iFood e fazer alguma coisa errada, mas depois de ver os cursos deu uma boa clareada na mente. Fiz o do João Barcelos e percebi que o aplicativo não joga contra os restaurantes, pelo contrário! Mas precisamos aprender a trabalhar com a plataforma. Então, comecei a personalizar o cardápio, deixar na minha configuração”, revela.
Em números de vendas, a empresária já percebeu uma melhora impressionante. “Hoje, chegamos a praticamente dobrar a média de vendas, mesmo com mudanças pequenas”, comemora. “Por exemplo: nós temos pratos veganos no cardápio, mas isso não estava claro. Agora, com uma descrição mais detalhada, usando palavras-chave, conseguimos atrair mais clientes e melhorar nosso posicionamento.”
As mudanças no cardápio foram o início de um novo momento para o restaurante da Gabriela, que não pretende ficar parada nos estudos.
“A gente vê que, para conseguir resultados, é preciso um constante aprendizado. As atualizações da plataforma apresentam uma melhora contínua para nós, mas precisamos nos manter atualizadas também. Agora que caiu a ficha de que, quanto mais a gente estuda, mais a gente ganha, não vamos mais parar!”
Para o futuro, Gabriela tem planos de ir a eventos presenciais sobre gerenciamento de restaurantes em São Paulo, especialmente para fazer networking com outros empreendedores. No próprio negócio, ela já percebe algumas tendências que acredita ser o futuro do setor de alimentação.
“A gente vê que, mesmo tendo a loja física, o mercado se encaminha para o delivery, ou o conceito ‘to go’. Estamos pegando essas tendências para aplicar no nosso negócio, vamos diminuir as mesas para focar em um atendimento mais rápido nas entregas”, comenta.
O sonho grande da Gabriela? Crescer mais e mais naquilo que já construiu e “ter mais unidades do restaurante, conseguir melhorar a estrutura e atender mais clientes, da melhor forma possível, e contratar mais pessoas para trabalhar conosco”.
